Curiosidades sobre a origem do Alho e seu uso pelos mundo
O Alho (Allium sativum) é uma planta originária da Ásia Central, sendo cultivada há milênios por diversas civilizações ao redor do mundo. Sua origem exata é difícil de determinar, mas acredita-se que o Alho tenha surgido nas regiões que hoje compreendem o Turcomenistão, o Uzbequistão e o Tajiquistão.
O Alho tem uma longa história de uso na culinária e na medicina em várias culturas antigas. Os registros históricos indicam que o Alho era apreciado por egípcios, babilônios, gregos e romanos. No Egito antigo, por exemplo, o Alho era consumido por trabalhadores da construção das pirâmides para promover força e resistência.
Os gregos antigos, por sua vez, utilizavam o Alho não apenas na culinária, mas também atribuíam propriedades medicinais a essa planta. Hipócrates, o famoso médico grego considerado o pai da medicina, prescrevia Alho para tratar diversas condições, incluindo problemas respiratórios e infecções.
Durante a Idade Média, o Alho era usado na Europa tanto para fins culinários quanto medicinais. Acreditava-se que o Alho tinha propriedades curativas e protetoras contra doenças. Na época da Peste Negra, algumas pessoas acreditavam que o Alho podia proteger contra a doença e, portanto, usavam-no como medida preventiva.
Além do seu uso histórico, o Alho também tem sido objeto de várias lendas e superstições. Em algumas culturas, acreditava-se que o Alho afastava vampiros e espíritos malignos. Na Roma antiga, os soldados consumiam Alho antes de irem para a guerra, acreditando que isso os tornaria mais corajosos e destemidos.
Hoje em dia, o Alho é cultivado em todo o mundo e é um ingrediente fundamental em muitas cozinhas. Além do seu sabor característico, o Alho é conhecido por seus potenciais benefícios à saúde, incluindo propriedades antioxidantes e antimicrobianas. O Alho continua a desempenhar um papel importante na culinária e na medicina tradicional em diversas partes do globo.
Diferença entre Alho Branco e Alho Roxo:
A diferença entre Alho Branco e Alho Roxo está relacionada principalmente à coloração das cascas externas e, em alguns casos, ao sabor. Ambos são variações da mesma espécie botânica, Allium sativum, mas têm características distintas:
Coloração:
O Alho Branco (Allium sativum var. sativum) possui cascas externas que variam de Branco a um tom pálido de Bege. Esse é o tipo mais comum de Alho encontrado em supermercados e usado na culinária cotidiana.
O Alho Roxo (Allium sativum var. ophioscorodon) tem uma coloração externa mais arroxeada ou avermelhada nas cascas. Esse tipo de Alho é mais comum em variedades cultivadas em algumas regiões específicas e pode ser mais difícil de ser encontrado em certas áreas.
Sabor:
Em termos de sabor, algumas pessoas afirmam que o Alho Roxo tem um sabor mais forte e mais picante em comparação com o Alho Branco. No entanto, a diferença no sabor pode ser sutil e, muitas vezes, é difícil para o paladar médio distinguir entre os dois.
Cultivares e Variedades:
Existem várias cultivares e variedades de Alho dentro de cada categoria (Branco e Roxo). As diferenças nas características podem variar de acordo com a variedade específica, o solo, o clima e outros fatores de cultivo.
Resistência ao Armazenamento:
Alguns produtores e chefs notam que o Alho Branco tende a ter uma vida útil mais longa e uma melhor resistência ao armazenamento em comparação com o Alho Roxo. Isso pode ser relevante para considerações de conservação.
Uso na Culinária:
Na maioria das receitas, o Alho Branco e o Alho Roxo são intercambiáveis. A escolha entre eles muitas vezes depende da preferência pessoal, disponibilidade local e do tipo de prato que está sendo preparado.
Ambos os tipos de Alho têm benefícios para a saúde e são amplamente utilizados na culinária em todo o mundo. Eles contêm compostos bioativos, como alicina, que têm propriedades antioxidantes e podem contribuir para benefícios à saúde quando consumidos regularmente. A escolha entre Alho branco e Alho roxo geralmente se resume a preferências individuais e disponibilidade local.
Armazenagem do Alho em Réstias
A armazenagem do Alho em Réstias é uma prática tradicional que remonta há muitos séculos. Réstia é o termo utilizado para descrever uma técnica específica de secagem e armazenamento de Alho, onde os bulbos de Alho são agrupados e pendurados para secar em feixes. Esse método não apenas prolonga a vida útil do Alho, mas também concentra seus sabores e aromas.
Aqui está um guia detalhado sobre como tradicionalmente se realiza a armazenagem do Alho em Réstias:
1. Colheita:
O processo começa com a colheita dos bulbos de Alho quando estão maduros, geralmente no final do verão ou início do outono, dependendo da variedade.
2. Limpeza:
Após a colheita, os bulbos de Alho são cuidadosamente limpos para remover qualquer sujeira ou resíduos do solo. As raízes e folhas exteriores excessivas também podem ser aparadas.
3. Amarração em Feixes:
Os bulbos de Alho são agrupados em feixes, geralmente com cerca de 10 a 15 bulbos por feixe. Isso é feito amarrando as hastes secas das plantas em conjunto.
4. Secagem ao Ar:
Os feixes de Alho são então pendurados em locais secos e arejados, preferencialmente em um celeiro ou galpão. A secagem ao ar é crucial para garantir que o Alho não desenvolva mofo ou fungos durante o processo.
5. Armazenamento Adequado:
Após a secagem completa, que pode levar algumas semanas, os feixes de Alho são prontos para serem armazenados. Eles podem ser mantidos pendurados ou colocados em cestas em um local fresco e seco.
6. Monitoramento:
É importante monitorar os bulbos de Alho periodicamente para garantir que não haja sinais de umidade excessiva, mofo ou deterioração. Caso seja detectado algum problema, é necessário remover o Alho afetado para evitar que a deterioração se espalhe para os outros.
7. Uso Gradual:
Uma vez armazenados, os bulbos de Alho em Réstias podem ser retirados conforme necessário para uso na cozinha. A secagem concentra os sabores do alho, tornando-o muitas vezes mais potente e aromático do que o Alho fresco.
8. Durabilidade:
Quando armazenado corretamente, o Alho em Réstias pode durar vários meses, fornecendo uma fonte de Alho para uso contínuo.
É importante ressaltar que, embora a armazenagem do Alho em Réstias seja uma tradição interessante e eficaz, hoje em dia existem também métodos modernos de armazenamento, como manter os bulbos em cestas ventiladas ou armazená-los em sacos de malha. Essas alternativas são práticas para quem não tem espaço para pendurar Réstias e ainda proporcionam uma boa durabilidade ao Alho.